CASA DO MÉDIUM ORIENTE​

Gostaria de deixar uma manifestação a respeito dos sacrifícios animais em nome da “religiosidade” de muitos de nossos irmãos espiritualistas.

 

Primeiramente, saliento que não acredito que exista uma religião melhor que a outra. Religião boa é aquela que te faz um ser humano melhor, uma pessoa melhor, mais amorosa, mais tranquila, mais calma, mais equilibrada etc. Igualmente, considero que não existe somente uma forma de se espiritualizar e ninguém tem o direito de julgar outras religiões.

 

Contudo, acredito piamente que todas as religiões que trabalhem para o bem comum reconheçam o sacrifício animal como uma prática totalmente prejudicial, tanto para aqueles que praticam, para a sociedade e principalmente para o animal.

 

Do meu ponto de vista, não há nada de bom em trazer um animal indefeso para uma encruzilhada pública, prende-lo (tortura-lo) e cortar a sua garganta fazendo o sangue jorrar no chão.  Me pergunto: há necessidade disso? E não me venham falar de boas intenções dos praticantes, pois não acredito que quem tenha boas intenções tenha coragem de praticar um ato violento contra um animal INDEFESO.

 

O que eu também não entendo é a sujeira gerada por este ato. Encontrei numa encruzilhada próxima a minha casa, seis galos mortos e mais um monte de comidas, plásticos e bebidas! Há religiosidade nisso? E o fedor? Quem tem boas intenções não suja a cidade e deixa para os outros limpar. Não é porque o espaço é publico que eu posso fazer o que bem entender. A meu ver, os espaços públicos são da coletividade, não de meia dúzia que se dizem religiosos e que se acham no direito de sujar as ruas e esquinas (esquinas próximas a casa dos outros né?!).

 

Concluindo, num tempo em que nos esforçamos para ser pessoas melhores, num tempo onde tentamos buscar por espiritualidade, o sacrifício animal me parece um ato totalmente inadequado e desnecessário para a nossa sociedade e nossa religiosidade. Portanto, peço por gentileza aos irmãos praticantes de tal ritual que parem um momento para pensar no que fazem, procurem informação, questionem se realmente precisam fazer isso para cultuar o(s) seu Deus.

 

 

Att,

 

DANIEL PIRES - Médium da casa